Coronavírus na China já tem reflexos na produção de eletroeletrônicos em Ilhéus

Sílvio Comin
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Em primeira mão. A crise do Coronavirus nos principais países asiáticos, que estão, por questão de segurança, sem importar para o resto do mundo, já tem reflexos na produção de equipamentos de eletroeletrônicos no Pólo de Informática de Ilhéus. Segundo apurou o Jornal Bahia Online, os reflexos, especialmente nas duas últimas semanas, com a falta de matéria-prima importada da China, já reduziram em cerca de 50 por cento a produção nas cerca de 20 montadoras que formam o segmento no sul da Bahia. Onze delas são filiadas ao sindicato do setor.

Os números foram confirmados hoje (28) pelo presidente do Sindicato das Indústrias de Eletroeletrônicos de Ilhéus, Sílvio Comin. Ele explica que há equipamentos montados em Ilhéus que têm 40 por cento de componentes importados da China. E não só: outros componentes adquiridos no mercado nacional, também são originários da região asiática e os fornecedores nacionais também já sofrem com a falta de novas importações. "O que na verdade está desabastecida é toda a cadeia de suprimentos que atende ao Pólo", destaca.

Comin destaca que como a maior parte das montadoras do Pólo trabalha para atender processos nacionais de licitações, o que acontece, no momento, não é queda nas vendas. O que, de fato, haverá, é atraso nos prazos de entrega. Não há um prazo estabelecido para a regularização da produção. Até mesmo depois da liberação de novas importações, o mercado mundial deverá sofrer para atender a demanda reprimida. Ilhéus, portanto, estará inserido neste contexto.