Foi o líder do Podemos que me levou até ACM Neto, diz Valderico Jr

Exclusivo. Ao comentar pela primeira vez o anúncio do Podemos como novo integrante da base do prefeito de Ilhéus e candidato à reeleição, Mário Alexandre, o pré-candidato a prefeito pelo DEM, Valderico Júnior, lamentou que não tenha sido honrado o acordo que foi previamente estabelecido entre ele e a sigla.

“E quando de maneira fria ocorre a manobra e quebra de acordo, não há como ficar de outro modo (chateado). Mas é como muitos dizem isso é política. Paciência. Tenho que aceitar”, disse Júnior ao Jornal Bahia Online. Segundo Valderico Júnior, a estratégia de ir para o DEM contou, inclusive, com a participação do Podemos.

“A ida para o DEM foi antecipadamente aprovada pelo Podemos. Aprovada, acordada e reafirmada em reunião com o próprio deputado Bacelar. Caso não houvesse aprovação pelo Podemos em caminhar para o DEM, manteria minha palavra. E disse isso pessoalmente ao deputado. Ele concordou. E da sala dele seguimos ao encontro do prefeito ACM Neto”, assegurou.

Apesar de chateado, Valderico Júnior assegura que “por algumas pesquisas já realizadas por vários pré-candidatos, é muito real a nossa viabilidade política. Muito real, sólida e forte. Por questões legais não posso citar nossa colocação e nosso elevado índice de aprovação popular, mas posso afirmar que o imenso destaque que ocupamos nesses resultados vem incomodando demais muitos políticos de carreira”. O empresário não sente a sua base sendo minada.

“Quanto ao trabalho para agregar novos apoios, estamos realizando de modo muito sensato, focado no propósito de promover uma mudança e agir diferente ao que experimentamos por tantos anos em Ilhéus”, afirma. Júnior se posiciona contrário ao que define como “jogadas e acordos partidários que nos engessem lá na frente”. A ida para o DEM, segundo ele, se deu para não ser instrumentalizado politicamente e depois ser obrigado a agir de forma contrária aquilo que acredita por interesses de outros “Permaneço com o verdadeiro compromisso de ser e agir de modo diferente a essas práticas já cansadas não apenas pelos ilheenses, mas pela maioria dos brasileiros”, concluiu.