Biomédico formado na UESC é premiado nos EUA por trabalho de doutorado

Alexander Birbrair numa foto com os seus orientadores professores Rachel Passos e Joao Dias, na epoca da UESC.
Ascom

O Biomédico Alexander Birbrair, egresso do Curso de Biomedicina da Universidades Estadual de Santa Cruz - UESC,  foi escolhido pelo Comitê do Conselho de Pós-Graduação  The Graduate School of Arts and Sciences da Wake Forest University, onde faz o seu Pós-Doutorado, baseado em uma análise cuidadosa das suas credenciais. De acordo com o Conselho a nomeação foi considerada superior em cada um dos critérios analisados para a premiação, impressionando a  comissão com a qualidade da pesquisa, na qual examinou "o papel dos pericitos na reparação e regeneração muscular".

A entrega do premio, uma placa de premiação e um cheque de US$ 500, será durante solenidade no dia 17 de maio, na Wake Forest University, nos Estados Unidos. Ele explica que "o foco da nossa pesquisa é determinar o papel das células-tronco associadas aos vasos sanguíneos, chamadas pericitos, na regeneração do tecido com o envelhecimento, lesões e patologia. Nós descobrimos que há dois tipos distintos de pericitos e os chamamos de tipo-1 e tipo-2; e o mais interessante é que suas funções e capacidades regenerativas também diferem."

A Pesquisa"A gordura não está presente no músculo normal, mas o envelhecimento, a obesidade e doenças como distrofia muscular e diabetes fazem com que o tecido gorduroso vá substituindo o tecido muscular. O músculo vai ficando mais fraco e se atrofiando. Isso diminui a mobilidade da pessoa e afeta a qualidade de vida”, afirma Birbrair.

O Biomédico  acredita que a descoberta possa levar a futuros tratamentos que bloqueiem esse processo. A sua pesquisa, que já foi publicada na revista científica “Stem Cells and Development”, usando um modelo in vitro para fazer a descoberta para depois testar a teoria em um experimento com camundongos. Foi  injetado  pericitos tipo 2 no músculo danificado de animais jovens e saudáveis. O resultado foi que o músculo se regenerou.

Também foi simulado o que acontece com pessoas com obesidade ou distrofia muscular, dando uma substância chamada glicerol a outro grupo de camundongos. Quando foram injetadas células tipo 1 nos animais, eles formaram mais gordura nos músculos.

Segundo o Dr. Birbrair, "ainda não se sabe se os pericitos são os únicos responsáveis por esse processo de substituição de músculo por gordura, mas é possível dizer que sua participação é fundamental. Se fizermos um tratamento que inibe o tipo 1 e ativa o tipo 2, provavelmente esse tecido adiposo vai ser substituído por músculo”, afirma ele, que pretende fazer novos estudos sobre o tema em tecidos humanos.