Exportações baianas crescem pelo terceiro mês consecutivo

Movimento cresceu para o exterior
Arquivo JBO/MaurícioMaron

As exportações baianas em outubro atingiram US$ 753,5 milhões, superando em 4,7% igual mês do ano passado. Contribuiu para o resultado, a recuperação da economia dos EUA, que vem favorecendo as vendas de produtos químicos e petroquímicos, cujos embarques cresceram 154% no mês, bem como o aumento das vendas das commodities agrícolas como algodão (65%), soja (91,6%), sisal (66,5%) e fumo (245%), beneficiadas por uma safra maior, pela antecipação de embarques em função da tendência negativa dos preços internacionais e pela menor demanda interna. As informações são da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI/Seplan).

O desempenho positivo das exportações no mês foi obtido graças ao aumento de 10,2% no volume embarcado, a despeito da queda generalizada de preços das commodities agrícolas e minerais no mercado internacional. Em outubro, os preços médios dos produtos exportados pelo Estado recuaram 5% comparados a outubro de 2013, enquanto que no ano a queda chega, na média, a 10%.

No acumulado até outubro, as exportações seguem ainda 7% inferiores a igual período do ano passado – US$ 7,93 bilhões –, influenciadas por três fatores: o primeiro é que as economias dos países desenvolvidos, como Estados Unidos e União Europeia, não deslancharam como se previa o que diminuiu a demanda por produtos da pauta baiana. O segundo é a queda maior que a esperada de preços de alguns produtos. A soja, por exemplo, caiu 30% nos últimos doze meses, o milho 27%, o algodão, 28% e o petróleo 23,5%.

O terceiro fator é a queda na demanda argentina, principal comprador de manufaturados baianos. No total, as exportações para o país vizinho recuaram 37% até outubro na comparação com o mesmo período de 2013. Só as exportações do setor automotivo, principal item da puta baiana para o país, recuaram 42,2% no ano.

Quanto às importações, em outubro, caíram 18%, atingindo US$ 834,8 milhões. A queda se deveu ao recuo nas compras externas de produtos intermediários (insumos e matérias primas), reflexo do persistente recuo da atividade industrial que já atinge 5,3% no acumulado do ano. Dentre os bens intermediários, registraram queda principalmente o minério e o catodo de cobre (-91%), fertilizantes (-9,7%) e insumos para indústria química (-6,7%). Houve decréscimo também nas compras de automóveis de passageiro (-40,8%), automóveis de carga (-33,8%) e bens de capital, que caíram 27,8%.

Apesar do déficit de US$ 81,2 milhões em outubro, a balança comercial do estado em 2014 é positiva em US$ 409,7 milhões, embora 68% inferior ao mesmo período do ano passado. A corrente de comércio que chegou a US$ 15, 46 bilhões no ano, também é inferior em 2,1% a 2013.