Empresários esperam gerar emprego e renda com o Novo Simples Nacional

Michelângelo, Luiz Ribeiro e Djalma Palma
Ascom

Fomentar a geração de emprego e renda, seguida da unificação e redução dos impostos entre as pequenas e microempresas são dois dos principais objetivos esperados pelos empresários itabunenses, com a universalização do Simples Nacional, promovida pela Lei Complementar 147/2014. O assunto foi amplamente debatido nesta segunda-feira (13), durante a 25ª Reunião Ordinária da ACI, que teve a participação de empresários, contadores e prestadores de serviço em geral.

Ao todo, 142 atividades estão aptas para ingressar no Simples Nacional a partir de 2015, desde que possuam um faturamento de até R$ 3,6 milhões anual. É o caso do publicitário Tião Barros, que atualmente é sócio proprietário da Agência Art 3 e vê na modalidade tributária uma oportunidade para fomentar a geração de emprego. “A carga tributária para as pequenas empresas tem sido muito alta e a gente acaba inibindo de contratar pessoas para ampliar o atendimento dos nossos serviços”, explicou.

Da mesma forma, o pequeno empreendedor Adalberto Leme, que atualmente fabrica palitos para churrasco no quintal de casa, o Simples Nacional pode expandir o seu próprio negócio, que vai requerer a fabricação do seu produto em um espaço maior, com a contratação de funcionários, e, consequentemente o aumento na produção. “Além dos palitos pretendo produzir outros tipos de produtos, com a matéria prima do bambu, agregar mais máquinas e fazer a empresa crescer para gerar emprego e renda”, revela.

O consultor e instrutor do Sebrae, Djalma Palma da Silva explicou que a modalidade de tributação unifica o pagamento de oito tributos em um único boleto e reduz a carga tributária. Mas, segundo ele, o assunto ainda gera dúvidas e exige um pouco mais de conhecimento para entender e escolher a melhor opção tributária, de acordo com o perfil de cada empresa. “Antes mesmo de escolher uma tributação deve ser feito uma simulação com as modalidades tributárias disponíveis”, avaliou.

Dentre outras alterações, o especialista citou a substituição tributária para os pequenos negócios, isentando algumas atividades da cobrança antecipada do ICMS dos produtos adquiridos pelos empreendedores. De acordo com Djalma, atualmente, o empresário efetua o pagamento desse tributo antes mesmo de saber se venderá as mercadorias.

Para o presidente da ACI, Luiz Ribeiro, as contribuições sobre as novidades do Simples Nacional gerou um debate importante e necessário para que os empresários, contadores e prestadores de serviço em geral possam ter um maior aprofundamento das novas regras que implica a modalidade tributária. “O momento é importante para conhecer as novidades e os profissionais devem fazer uma avaliação junto aos contadores sobre a viabilidade no seu negócio”, explicou.