Reunião de Jabes e Josias começou tensa e terminou sem solução

Josias Gomes
JBO

Em primeira mão. Não houve avanço para pôr fim à greve dos servidores públicos de Ilhéus no diálogo que foi estabelecido ontem à noite entre o deputado federal Josias Gomes (PT) e o prefeito Jabes Ribeiro (PP). A conversa, estimulada por um pré-candidato do governo à sucessão de Jaques Wagner, foi tensa. Os dois políticos se encontraram em Salvador. Josias levou a proposta dos sindicatos que deflagraram o movimento, que é de o governo garantir a reposição da inflação, cerca de 5 por cento, de imediato ou, até, de forma escalonada. "Não existe a possibilidade", respondeu Jabes, segundo Josias. O prefeito de Ilhéus reconhece a necessidade da reposição, mas disse que só conversa sobre ela quando o município restabelecer as condições econômicas que garantam este repasse, com uma arrecadação condizente.

Em determinado momento, o diálogo foi tenso, situação reconhecida pelo próprio parlamentar baiano. Jabes, segundo o parlamentar, voltou a falar sobre a eminência de 700 demissões e disse que trabalha no sentido de ampliar o diálogo com a sociedade. Josias respondeu: "Desculpe, a sociedade te elegeu para ser o prefeito e não para dividir os seus problemas com ela". Para Josias, as chances estão muito pequenas para, neste momento, ser selado um acordo e decretado o fim do movimento.

O Jornal Bahia Online apurou que, ao final da reunião, mais uma vez, o prefeito de Ilhéus pediu ajuda ao governo da Bahia, propondo uma nova reunião entre ele, Josias etambém do secretário Rui Costa. "Sim, é verdade, mas não aceitei", confirmou Josias. "Só não quero que continuem com o discurso de que, para a oposição está estabelecida a ordem de que ´quanto pior, melhor´. Nós tentamos", lamentou.