Transparência já

Transparência é lei
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Responsável pela idealização do modelo do Portal da Transparência de Ilhéus, o procurador federal Israel Nunes disse recentemente ao Jornal Bahia Online que o serviço está pronto. Para entrar "no ar", necessita apenas de duas coisas. O governo executar e, antes disso, o procurador aguarda uma chance de entregar o trabalho feito ao prefeito Jabes Ribeiro. E assegura: basta uma agenda do prefeito com os movimentos sociais para fazer a entrega do trabalho.

É aí que pode morar o problemão.

É no Portal da Transparência que estão disponíveis informações sobre a aplicação dos recursos públicos municipais, como, por exemplo, contração de bens e serviços. O portal objetiva aumentar a transparência da gestão pública, permitindo que o cidadão acompanhe como o dinheiro público está sendo utilizado e ajude a fiscalizar. Quando corrupto, para exigir punição. Quando limpo e transparente, para blindá-lo.

Que importância tem uma "solenidade" com os movimentos sociais em detrimento ao interesse público de expor para toda a sociedade o que se faz com o dinheiro de cada um dos cidadãos de Ilhéus? Primeiro, porque não é exigência legal essa tramitação solene para se fazer funcionar, aí sim, uma exigência legal que há mais de 120 dias não se põe em prática.

Esqueçam essa solenidade. Não é necessário privilegiar um setor produtivo se toda a sociedade de Ilhéus exige apenas o cumprimento da lei.

Se o procurador e os movimentos sociais não conseguem espaço na agenda do prefeito para fazer valer o que determina a lei, que protocole o que foi feito.

Em último caso, que envie até pelos Correios, no modelo de carta registrada para se proteger de uma eventual informação de que o produto não chegou ao seu destino.

O que não pode é continuar esse impasse por conta, meramente, de uma foto que no dia seguinte será publicada em todos os jornais.

O cidadão prefere ver publicado o que está sendo feito do seu dinheiro.

É fato!