Morre sindicalista que denunciou pelas redes sociais as condições do Regional

Wagner Bastos
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Depois de 15 dias entre vai-e-vem no Hospital Geral Luiz Viana Filho, sem que fosse dado um diagnóstico preciso sobre o seu quadro de saúde, faleceu hoje pela manhã o jovem sindicalista Wagner Bastos. Ele vinha sentindo tonturas e desmaios e por várias vezes chegou a ser levado pela família para o HGLVF onde chegou a ocupar um dos leitos da UTI. Agora em julho ele completaria 33 anos.

Durante o período em que ficou internado, mesmo doente Wagner não abriu mão de críticas ao que considerava o direito de todo cidadão: o de um atendimento público de qualidade. Pelas redes sociais combateu a ausência de médicos em seu local de trabalho e postou até fotos da falta de condições de higiene do hospital como, por exemplo, uma barata no quarto em que ocupava na unidade hospitalar.

Wagner tinha participação ativa na vida política da cidade. Também atuou no sindicalismo baiano, ao lado do sindicalista Adalberto Galvão, o Bebeto, no Sindicato da Construção Civil Pesada. Foi também líder estudantil. Apesar do tom sempre altivo, demonstrava uma doce amizade e respeito pelos amigos mesmo diante das diferenças de opinião. Uma das suas maiores diversões era sentar-se ao lado da estátua do escritor Jorge Amado, no Bar Vezúvio, e gravar, de forma amadora, opiniões sobre as últimas notícias políticas da cidade.

Quando estava em Ilhéus era frequentador ativo do Cafezinho do Teatro. O velório de Wagner será na rua do café, próximo ao Cemitério da Vitória.