Luta do cacau reúne Produtores, Trabalhadores e Sem Terra no Porto de Ilhéus

Produtor simboliza a queima de cacau em defesa da região
JBO

Se era para mostrar a união da lavoura cacaueira contra a importação de cacau africano e asiático, o movimento que acontece em Ilhéus, desde as 9 horas da manhã, está conseguindo o seu objetivo. Estão na entrada principal do Porto de Ilhéus, desde grandes produtores de cacau a integrantes do Movimento do Sem Terra (quem imaginaria essa cena antes?), todos com o mesmo discurso: é preciso respeitar a lavoura do sul da Bahia. 

A importação, segundo os dirigentes da lavoura, está fazendo "que alguém leve vantagem nisso". E não são os produtores, asseguram. Eles também acusam os governos estadual e federal de os deixarem sozinhos. "Falta investimento, falta assistência técnica, falta apoio", discursou um dos líderes do movimento. Os produtores de toda a região cacaueira da Bahia fazem um movimento pacífico, tentando impedir que cinco mil toneladas de cacau africano sejam descarregados para atender a uma indústria moageira multinacional instalada na cidade.

"As indústrias exageraram na importação", aseguram os produtores, alegando que existe o estoque nacional à disposição do mercado. "O que eles precisam é melhorar o preço. E o governo ajudar", garantem.

Abaixo, um carnê de fotos do manifesto agora pela manhã.