Estudos vão indicar o melhor modelo para recuperação de áreas desmatadas

A Fibria vem realizando, desde 2010, um programa de restauração florestal que está entre as maiores iniciativas do Brasil partindo de uma empresa privada: a meta é restaurar 40 mil hectares até 2025. Mas, mais do que isso, a empresa vem testando diferentes modelos de restauração florestal a fim de identificar o mais adequado sob o aspecto ambiental e econômico. O experimento é realizado em parceria com o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica e Laboratórios de Ecologia e Restauração Florestal da Esalq/USP).

Na área do experimento, implantado em junho de 2011 no sul da Bahia, estão sendo testados oito diferentes modelos de restauração florestal. O objetivo é definir o sistema mais adequado para áreas de reserva legal com baixa aptidão agrícola. Os modelos em teste propõem conciliar o plantio de espécies nativas de crescimento moderado a lento com espécies de crescimento rápido, como o eucalipto, possibilitando que, a partir da venda desta última, o produtor rural tenha renda para arcar com os custos da restauração florestal.

De acordo com Roberto Mediato, analista de meio ambiente florestal da Fibria, a experiência vem mostrando que o eucalipto tem ajudado as espécies nativas a crescerem e ele pode ser cortado e vendido a partir do 6º ano do plantio. Ele explicou que entre as espécies que estão sendo estudadas em consórcio com o eucalipto estão: aroeira, cingino, jacarandá, cedro, jequitibá e pau-brasil.

A partir dos resultados desta experiência a expectativa é que os produtores rurais tenham maior estímulo para recompor áreas de reserva legal em suas propriedades, consorciando nativas com o cultivo de eucalipto. Em áreas de propriedade da Fibria, o Programa de Restauração Florestal da Empresa está trabalhando na recomposição de mais de 6 mil hectares, o que equivale a 15% da meta traçada pela empresa até 2025. (Matéria originalmente publicada no site Painel Florestal)