Uma rota a ser refeita em Ilhéus

Covid-19
Ilustração

No dia 5 de abril, o Jornal Bahia Online noticiou em primeira mão a morte, no dia anterior (4), de uma idosa de 74 anos, no Hospital São José, em Ilhéus. Foi neste mesmo período que surgiam as primeiras notícias sobre o vírus em Ilhéus. A Sesau confirmou o óbito e deu como causa mortis uma parada respiratória.

Apesar de não ter sido divulgada maior informação sobre a paciente, o Jornal Bahia Online apurou que ela residia no abrigo São Vicente de Paula, em Ilhéus, onde hoje ocorrem os novos casos. Esta informação acendeu a luz amarela entre os nossos colaboradores. Deveria ter acendido a luz vermelha para as autoridades, considerando o alto risco sobre os moradores do local.

“A paciente possui história de hipertermia há dois dias, evoluindo com desconforto respiratório. Foi encaminhada ao Hospital São José, onde deu entrada com quadro de dispneia, evoluindo rapidamente com insuficiência respiratória grave”, detalhou o médico do plantão naquela oportunidade. Ela passou pela avaliação do médico Júlio Guzman, que ainda se recupera do vírus.

À época, o secretário de saúde de Ilhéus, Geraldo Magela, declarou que inicialmente, não se tinham evidências de que o óbito estivesse relacionado com o novo coronavírus. Foi realizada coleta e encaminhada para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/BA). “Todas as mortes são investigadas. Não se justificam os alarmismos”, disse na oportunidade ao JBO.

A pergunta que todos devem fazer neste momento: qual foi o resultado deste exame? Outra também: as autoridades não deveriam ter tomado medidas profiláticas, inclusive através de decretos, considerando a condição daqueles idosos, todos em condições de risco?". Podem dizem: agora é fácil falar.

Mas para entender esse raciocínio, que tal fazer este caminho de volta?