Incra inicia Relatório Técnico de comunidade quilombola em Taperoá no Baixo Sul‏

Comunidade quilombola Graciosa fica localizada no município de Taperoá, no território de identidade do Baixo Sul
Ascom

O Incra iniciou, nesta terça-feira (18), as atividades para a elaboração do Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) da comunidade quilombola Graciosa, localizada no município de Taperoá, no território de identidade do Baixo Sul. 

A equipe do Serviço de Regularização de Territórios Quilombolas do Incra/BA, responsável pelos trabalhos, aponta que a ação beneficiará 154 famílias remanescentes de quilombo.

Segundo o coordenador do Serviço, Flávio Assiz, o Instituto já havia pactuado parceria com a Superintendência do Patrimônio da União no Estado da Bahia, que realizou o trabalho de identificação da Linha do Preamar Médio (LPM) . “Como tem área pertencente à União no local, a parceria agiliza o processo de regularização fundiária da comunidade”, ressalta.

Assiz explica que durante a abertura dos trabalhos em Graciosa, é realizada uma reunião com as famílias para detalhar os passos da produção do RTID e as fases do processo de regularização fundiária da comunidade. “Também daremos início à elaboração do Relatório Antropológico”, acrescenta.

O Relatório Antropológico, peça integrante do RTID, reúne estudos históricos, socioeconômicos, além de mapas descritivos com o objetivo de verificar e comprovar a ocupação ancestral dessas famílias no território.

História

A comunidade quilombola Graciosa está inserida em uma região onde, no período colonial, existiam canaviais e engenhos de açúcar, com emprego de mão de obra escrava. O fim da escravidão no Brasil ocasionou a expulsão dos ex-escravos e descendentes das terras agricultáveis.

Com isso, o grupo passou a ocupar áreas próximas aos manguezais, constituindo a pesca e a mariscagem, no entorno do Rio Graciosa, como uma das principais atividades para o sustento das famílias até os dias atuais, além da agricultura.