Até agora, nada. Isabela trabalhava há apenas 4 meses no córrego do Feijão

Isabela Barroso Pinto
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Uma semana depois da tragédia ambiental e humana de Brumadinho (MG), a engenheira de Minas Isabela Barroso Câmara Pinto, funcionária da Vale, permanece desaparecida. Ela é uma das 238 vítimas que ainda não foram localizadas no acidente, resultado do rompimento de uma barragem.

Natural de Governador Valadares, Isabela é esposa do ilheense Paulinho Pinto. Anteontem, a mãe de Paulinho, a professora Celsivane Rocha, que mora em Ilhéus, seguiu para Valadares para dar apoio ao filho, que está bastante abalado.

Desde ontem, os bombeiros mudaram a estratégia na operação de resgate dos corpos. Passaram a realizar escavações em busca de corpos, já em estado de decomposição. Até a manhã de hoje, 110 mortes foram confirmadas no acidente de Brumadinho, que pode ser a maior catástrofe humana registrada na história do Brasil.

Isabela trabalhava há apenas quatro meses na barragem no córrego do Feijão.

Em entrevista concedida ao jornal Diário do Rio Doce, o irmão de Isabela, Marcelo Barroso, destacou que o silêncio da Vale se transforma em choro dos parentes das vítimas. Ele sabe que, com os dias se passando, as chances de encontrar sobreviventes diminuem. “Só mesmo um milagre, mas no fundo sabemos que as chances vão se acabando com o passar do tempo. Antes de vir para Valadares fiz prova de DNA. Vocês não conseguem imaginar as coisas que estamos vendo naquele lugar, os corpos saem mutilados. Não dá pra saber sequer se é homem ou mulher. É devastador”, descreveu.