Na sucessão que está por vir, o jogo começou a ser jogado

Jabes Ribeiro
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Um velho ditado corre entre os que exercem ou exerceram a vida pública neste país. Na política, a verdade deve esperar o momento em que todos precisem dela. Por isso, é precipitado – e amador - fazer uma única leitura do comportamento do grupo do prefeito Jabes Ribeiro ao participar das solenidades festivas de pré-candidaturas que fazem oposição ao seu governo e ao seu nome.

De fato, não deve ser nada agradável para o vereador Jamil Ocké cumprir a missão de ouvir e testemunhar críticas ao seu líder. Algumas até ultrapassando os limites tolaráveis do exercício da cidadania. Entretanto, Jamil exerce o papel com a dedicação de um soldado que recebeu ordens do seu superior. Ninguém duvide que Jamil se sente constrangido. Mas entre o jogo público e a tática interna, fica com a segunda opção.

Jabes envia representantes para estas solenidades por que sabe que esta oposição que lhe faz pode não ser tão definitiva quanto aparenta. Sabe que enfrentará – ou terá um candidato para enfrentar – adversários com chances eleitorais significativas. Para isso, não duvidem, trabalhará para miná-los. Trêrs ou quatro candidaturas, no máximo.

Ir à solenidade é o mesmo que dizer “vim buscar uns de vocês. Na hora certa farei isso”.

Quem sabe não saia desta tão propalada "oposição" o nome do vice que tanto procura. Seja para ele, seja para Cacá, seja para quealquer outro nome governista. Você arriscaria dizer que isso é um absurdo?

Experiente, frio e calculista, Jabes sabe que na politica nada é tão admirável quanto uma memória curta.