Colo Colo no ataque? Pelo menos a diretoria, sim!

Em campo, tomara que a bola do time fique cheia
Arquivo/Google/Imagem Ilustrativa

Eleito com a atenção e apoio da antiga diretoria – que o que mais queria era se livrar do problema – o presidente do Colo Colo surpreendeu muito cedo. A forma respeitosa com que falava dos seus antecessores não resistiu a 30 dias de mandato.

Notas Públicas têm sido a tônica da atual direção.

Já cobrou a quem não lhe deve, já descredibilizou a quem diz que o que tem a receber e, mais recentemente, questiona o modelo de gestão da turma que lhe entregou o clube “que assumiu compromissos com atletas por um ano para competições que duraram dois meses, o que ninguém consegue entender ou explicar”.

Nos bastidores afirma categoricamente que, hoje, é possível se trabalhar com planejamento, gestão, profissionalismo. Tudo isso muito fácil de dizer, antes do primeiro vencimento de salários e sem bloqueio nas rendas que não cobrem o custo da competição.

A pergunta é: se tudo verdade, a incompetência é só de quem fez ou de quem assumiu sem antes fazer um levantamento do que iria encontrar? Contabilista experiente, político perspicaz, Raimundo Borges até agora só não emitiu Nota Pública à administração municipal, da qual, inclusive, faz parte na condição de cargo de confiança do prefeito, que não preparou o estádio para receber a competição, o mínimo que deveria ter feito.

Desde que retornou ao profissionalismo, o Colo Colo tem dificudades. Dificuldades que na lhes pertence, exclusivamente. É reflexo do amadorismo do futebol profissional da Bahia, sem time bom, sem estádio decente, sem campeonato qualificado. Sem renda e com apenas Bahia e Vitória sobrevivendo, torcendo para o semestre logo passar.

Colo Colo sempre foi problema de caixa, de estrutura, de apoio, de tudo. Assumir um clube com este perfil é penar e isso não é novidade para nínguem. Nem de Borges, que já passou outras vezes na estrutura administrativa e financeira do clube.

A atual diretoria do Colo Colo joga. E joga inteligentemente no ataque. Mina o que encontrou para, se tudo der errado lá adiante, encontrar culpado pelo fracasso. O time que montou é uma incógnita. Mas hoje, antes do torcedor vir o time jogar, o que se vê, de fato, é o presidente jogando no ataque.

Espera-se que, a partir de 31 de janeiro, o seu time faça o mesmo dentro de campo.