Prefeitura e sindicatos fazem acordo para pagamento de salários
Devido às constantes quedas de repasses do Governo Federal e da arrecadação própria, o prefeito de Itabuna, Claudevane Leite, os secretários municipais Marcos Cerqueira, da Fazenda, e Dinalva Melo Nascimento, da Educação, se reuniram na terça-feira, 6, com representantes do Sindicato do Magistério Municipal Público de Itabuna (SIMPI) e Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindserv). No encontro foi apresentado um relatório da atual situação financeira e discutida a melhor maneira para pagamento de salários, que desde o início 2013 tem sido prioridade da gestão municipal.
De acordo com Marcos Cerqueira, os dirigentes dos dois sindicatos foram convidados a fazer o acompanhamento diário da movimentação financeira da Prefeitura. O secretário da Fazenda destacou que a prioridade da administração sempre foi o pagamento dos salários no prazo previsto em lei. “Mas, nos últimos meses, por conta do agravamento da crise econômica no País, não tem sido possível por falta de dinheiro, mesmo depois de o governo municipal ter reduzido despesas e até os investimentos com recursos próprios” diz.
Durante a reunião, no Centro Administrativo Firmino Alves, depois de ter acesso aos extratos das contas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), representantes do SIMPI sugeriram que fossem usados R$ 2,8 milhões disponíveis para o pagamento de salário de setembro dos professores, enquanto o desconto de consignados e o restante da folha na próxima semana. “Essa sugestão foi acatada imediatamente e o restante da folha deve ser quitada”, afirma o secretário de Fazenda.
Reajuste - Marcos Cerqueira explica ainda que, mesmo com as dificuldades financeiras, o município pagará neste mês a segunda parcela do reajuste de 8% concedido aos professores. “Já pagamos uma parcela retroativa a abril. Estamos fazendo um enorme esforço para honrar esse compromisso assumido pelo prefeito Claudevane Leito com os servidores. Para isso, tivemos que aumentar o volume de recursos do município para complementação da folha da educação”, ressalta Cerqueira.
O secretário considera positiva a contribuição dos dirigentes sindicais para amenizar os impactos da crise na folha de pagamento dos servidores da Prefeitura, principalmente os profissionais da educação, porque a queda nos repasses tem sido constante. Neste mês, por exemplo, o repasse para a educação sofreu uma queda de quase R$ 300 mil. Mesmo com as dificuldades, os servidores efetivos receberam salário no quinto dia útil.