Moradores de 16 imóveis são notificados pela Defesa Civil no Amparo

Altos e morros são os mais atingidos segundo Defesa Civil
Arquivo/JBO/Maurício Maron

A coordenação da Defesa Civil, acompanhada do secretário municipal de Desenvolvimento Social, Jamil Ocké, e de representantes da ONG “Amparo Melhor”, realizou visita técnica ao Alto do Amparo, no bairro do Malhado, na manhã desta terça-feira, 30, onde ocorreu deslizamento de encostas em virtude das fortes chuvas que caíram sobre a cidade nas últimas 48 horas. O coordenador da Defesa Civil, Joandre Neres, informou que uma equipe da Prefeitura iniciou um novo mapeamento das localidades que sofreram ou que apresentam riscos iminentes de deslizamentos.

Com base em dados fornecidos pelos pluviômetros instalados no município, Joandre Neres enfatiza que “somente nas últimas 48 horas, caíram na cidade 197 mm de chuva, quantidade 24 vezes mais do que o valor médio diário, que é de 8 milímetros. No  Alto do Amparo, foi registrado deslizamento da encosta, sendo que moradores de 16 imóveis foram notificados, tendo, alguns deles, sido encaminhados para casas de amigos e parentes.

O secretário de Desenvolvimento Social, Jamil Ocké, lembra que as famílias desalojadas ou desabrigadas estão sendo cadastradas para eventual recebimento do “aluguel social”, benefício previsto por decreto no valor de até 250 reais. “Além disso, equipes da Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Trânsito (Seinfra), também estarão visitando a localidade para definir a adoção de outras medidas”, completou o secretário.

Os técnicos também visitaram os altos da Legião e da Tapera, além da localidade rural de Sambaituba. “No alto da Legião, tivemos três famílias desalojadas e que já foram encaminhadas para casas de amigos e parentes. Com relação ao alto da Tapera, mesmo com a ocorrência de um deslizamento, não temos registro de pessoas desabrigadas ou desalojadas”, enfatizou o coordenador da Defesa Civil. Ele acrescentou que, em Sambaituba, algumas casas foram alagadas em virtude da subida do nível das águas do Rio Almada.

Auxílio - Segundo Joandre Neres, o trabalho em Ilhéus é auxiliado por dois pluviômetros automáticos, monitorados pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Instalados nos bairros da Conquista e do Malhado, os aparelhos são usados para medir, em milímetros lineares, a quantidade de líquidos ou sólidos (chuva, granizo) precipitados em um local durante um determinado período.

No campo preventivo, Joandre Neres informa que a Defesa Civil segue instalando lonas plásticas nas encostas com o objetivo de evitar a impermeabilização do solo. “Com isso, conseguimos estabilizar muitas áreas e, por via de consequência, diminuir o risco de novos deslizamentos”, explica. Segundo ele, durante as visitas técnicas, a equipe também reforça a importância de uma maior conscientização por parte dos cidadãos. “Continuamos solicitando, por exemplo, que as pessoas não plantem bananeiras e nem retirem a vegetação natural das encostas”, esclarece Neres. A Defesa Civil mantém, à disposição dos ilheenses, o telefone (73) 8881-8500 para emergências.