Aleluia, por que a gente não consegue dar um passo à frente?

Cancelado um evento que vinha se consolidando no calendário turístico de Ilhéus
Arquivo/Clodoaldo Ribeiro

O Festival Aleluia Ilhéus não deve acontecer este ano. Não há tempo hábil para a sua execução. O governo municipal foi protelando as decisões que deveriam ter sido tomadas e o tempo passou. Agora aparece com a desculpa que não há recursos para a sua realização. Não é bem assim. Até por que uma empresa de Salvador que, teoricamente, deveria ser a responsável pela atração de recursos (por que ganhou uma licitação para isso), sumiu, abandonou o barco. Como sempre, falta planejamento, falta respeito. Em Ilhéus, o reveillon é pensado no natal; o Carnaval, após o reveillon; Páscoa, quando o Carnaval já acabou e por aí vai. Nada pode, efetivamente, dar certo neste formato.

Apesar de o prefeito Jabes Ribeiro estar preocupado com a repercussão que o cancelamento do evento pode causar é preciso dizer que a maior parte da culpa recai sobre ele. Desde outubro do ano passado, antes de começar o verão, a Secretaria de Turismo de Ilhéus vive uma interinidade que parece não ter fim. Paulo Ato, que acumula a função de secretário de Cultura não consegue andar nem para um lado, nem para o outro. Aliás, diga-se de passagem, sua presença tem causado um forte mal estar na própria Setur desde quando, no carnaval passado (aquela porcaria que deram o nome de "Carnaval Cultural"), tentou desqualificar a equipe e "trazer" de fora uma equipe de sua confiança para tocar a festa (?).

O prefeito Jabes Ribeiro precisa tomar uma decisão. Efetiva Paulo Ato ou anuncia o novo titular. Precisa decidir quem manda de verdade e cobra desta pessoa que o turismo de Ilhéus seja visto com mais respeito, mais profissionalismo, respeitando um calendário e não cancelando, por falta de iniciativa dos seus responsáveis, o evento que, nos dois anos realizados, mostrou força, qualidade e atratividade.

Não é esse tripé que a gente busca nos discursos de campanha?