Dia Estadual de Enfrentamento ao Crack será lembrado na Bahia

Centro de Convivência no Santo Antônio Além do Carmo
Secom

Cerca de 370 mil brasileiros usaram regularmente crack e similares por, pelo menos, seis meses, em 2012, nas capitais brasileiras. Os dados mais recentes são do levantamento feito pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), em parceira com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ainda segundo o estudo, 40% dos usuários estão no Nordeste e 80% são homens. Na Bahia, a importância de combater a droga motivou o governador Jaques Wagner a sancionar a Lei nº 12.954, em fevereiro de 2014. Ela institui o dia 25 de setembro como o “Dia Estadual de Prevenção e Enfrentamento ao Crack”. 

Nesta quinta-feira (25), palestras, mesas redondas e atividades lúdicas estão sendo realizadas no auditório da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, com a finalidade de conscientizar a população sobre o uso da droga. Além disso, na manhã de hoje, no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), no Terreiro de Jesus, é realizado o ensaio aberto da Banda do Gregório - um grupo musical composto por dependentes químicos da oficina de música do Caps e familiares..

O problema do crack também é combatido por outras ações governamentais. Uma delas é o Programa Viver Sem Drogas, que tem atividades subdivididas em quatro eixos: ampliação e preparação da rede SUS, preparação e integração das redes de assistência social, ensino público estadual, segurança pública e justiça; prevenção ao uso de crack e outras drogas, e reinserção social dos usuários através de ações nas áreas de comunicação, esporte e cultura; além da criação de um sistema integrado de acolhimento e tratamento para dependentes químicos, em parceria com a sociedade civil, complementar ao SUS e ao Sistema Único de Assistência Social (SUAS). 

Lançado em 11 de janeiro de 2012, o Plano de Ações Integradas ao Enfrentamento ao Uso de Crack e Outras Drogas tem o objetivo de estruturar redes de acolhimento, tratamento e reinserção social de usuários de drogas, além de oferecer apoio às famílias dos dependentes químicos na capital e no interior baiano. O programa, que já contempla alguns municípios baianos, contou com investimentos de mais de R$ 40 milhões. 

Sistema Bahia Viva - Através da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), o Governo do Estado implantou o Sistema Bahia Viva, que oferece incentivo financeiro, apoio técnico (10 oficinas de capacitação/ano) e articulação em rede para organizações sociais que tratam usuários de drogas, em regime residencial de acolhimento. No total, hoje, são 12 Comunidades Terapêuticas, distribuídas pelo interior do estado e Região Metropolitana de Salvador (RMS), garantindo cerca de 1.500 vagas totalmente gratuitas para a população baiana.

Proerd - Por meio do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), a Polícia Militar oferece atividades educacionais voltadas à prevenção do uso de drogas e à violência nas instituições de ensino. Policiais das Companhias Independentes da PM são capacitados para desenvolver atividades lúdicas em salas de aula entre os estudantes.

Centro de Convivência - Na Rua do Boqueirão, no bairro Santo Antônio Além do Carmo, em Salvador, dependentes químicos têm à disposição um ponto de apoio social como aliado na luta pelo fim do vício. O Centro de Convivência é atualmente coordenado pelas Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) e conta com apoio do Governo do Estado. Por meio da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), o governo baiano firmou um convênio com as Volunárias Sociais da Bahia e a Associão da Osid para a realização de serviços especializados de reabilitação para os usuários de drogas. O convênio possibilitou a ampliação das ações e serviços para adultos que vivem em situação de vulnerabilidade social, oferecendo tratamento terapêutico, acolhimento e proteção social. Desde quando foi implantado, o local registra cerca de 1200 atendimentos por mês.