Ministério da Saúde inicia visita para implantar curso de Medicina em Itabuna

Avaliadores se reuniram com autoridades unicipais
Ascom/Wilson Oliveira

Uma reunião no Centro Administrativo Firmino Alves, na manhã desta quarta-feira, 23, deu início à visita técnica da Comissão de Avaliadores do Ministério da Saúde à Itabuna visando à implantação do curso de Medicina no município. O encontro foi o primeiro compromisso oficial da avaliação in loco da estrutura de equipamentos públicos, programas de saúde existentes e da capacidade técnica e de resolubilidade da rede local de atendimento em saúde.

Os avaliadores cumprirão uma agenda de visita até sexta-feira, 25, analisando a viabilidade e factualidade do projeto cadastrado pelo município no Edital do Programa Mais Médicos, publicado pelo governo federal. A Comissão do Ministério da Saúde, responsável por referendar o projeto de Itabuna junto ao MEC, é integrada pelos médicos Palmira Bonolo, professora do curso de Medicina da cidade de Ouro Preto; Rosana Vilela, da Universidade Federal de Alagoas; e Divaldo de Almeida Sampaio, da Universidade Estadual de Pernambuco.  

O município está entre as 49 cidades brasileiras pré-selecionadas pelo Ministério da Educação (MEC) para a implantação de novos cursos de medicina por instituições privadas.

Além de visitar unidades básicas de saúde e a rede de hospitais da cidade, a Comissão Avaliadora irá se apropriar de dados estatísticos e de informações contidas em documentos encaminhados pela Secretaria Municipal de Saúde, Conselho Municipal de Saúde e das comissões Intergestores  Bipartite (CIB) e da Regional Litoral Sul, que serviram como importantes indicativos à justificativa para implantação do curso de Medicina em Itabuna.

Representando o prefeito Claudevane Leite, que cumpre agenda em viagem a Brasília, o secretário de Planejamento e Tecnologia, vice-prefeito Wenceslau Júnior, na abertura da reunião, ressaltou a posição estratégica de Itabuna como polo de saúde e de serviços e falou dos investimentos que estão sendo feitos pelo município no programa de reestruturação e requalificação das unidades da rede básica de saúde, bem como do Hospital de Base, que é referência em urgência e emergência, traumas e politraumatismo para mais de 120 municípios das regiões Sul e Extremo-Sul do estado.

Wenceslau citou os diversos equipamentos de saúde e especialidades existentes na rede pública, filantrópica e privada do município. Ele falou ainda dos investimentos em infraestrutura que estão sendo feitos pelos governos estadual e federal na região e também da implantação da Região Metropolitana do Sul da Bahia, cujos estudos técnicos e formatação do projeto estão sendo concluídos. “Diante destas novas realidades que estão se efetivando e mesmo pela posição estratégica como polo de saúde, já se justifica a necessidade de implantação do curso de Medicina em nosso município”, disse o secretário.

Responsável pela formatação do projeto, a secretária municipal da Educação, Dinalva Melo do Nascimento, falou das perspectivas da implantação de um curso de Medicina, no sentido de assegurar aos estudantes da região o acesso a uma formação mais humanista com foco na realidade local. “O projeto do curso de Medicina em Itabuna buscar suprir uma demanda reprimida por profissionais médicos que atenda um perfil preconizado pelo Sistema Único de Saúde, ou seja, um médico que, após graduado, possa criar vínculos e estabelecer-se na região” argumentou a secretária.

Também presente no encontro, o presidente da Fundação de Atenção à Saúde de Itabuna (Fasi), o médico Paulo Bicalho enfatizou a capacidade técnica do município em atender as demandas por serviços especializados em saúde e, respondendo uma indagação da Comissão de Avaliação quanto à capacidade de absorver professores da própria região para o novo curso, ele citou o exemplo da implantação do curso de Medicina da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), na década passada, no qual mais de 90% dos docentes efetivados em concurso público eram médicos que atuavam nos hospitais da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna.

Os avaliadores acompanharam atentamente as exposições feitas por Luciana Pinheiro, diretora de Planejamento da Secretaria de Saúde; Michele Andrade, diretora de Atenção Básica;  Itana Miranda, da Vigilância à Saúde; e Ângela Bezerra, diretora do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest). No final, a coordenadora da Comissão de Avaliação do Ministério da Saúde, Palmira Bonolo disse que, inicialmente, a primeira impressão é que todos envolvidos com o projeto apresentado por Itabuna têm uma clara noção da importância da visita como um passo fundamental para a implantação do curso de Medicina. “Isto é imprescindível no processo de avaliação e para o relatório final que iremos produzir para encaminharmos ao Ministério da Educação”, finalizou.