´A decisão do conselho é equivocada, irresponsável e desumana´, reage Jabes

Jabes Ribeiro
Secom

O prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro, criticou publicamente a decisão tomada pelo Conselho Municipal de Educação que resolveu invalidar o ano letivo de algumas escolas da rede municipal, pelo fato de o governo não cumprir o que determina a lei - e nem ter tempo hábil para isso - para executar os 200 dias letivos ou 800 horas de aula neste ano. "É uma decisão equivocada, irresponsável, desumana e com claro interesse político", disse, no sábado, ao participar de uma entrevista na Rádio Bahiana AM, com o repórter Ciro Zatele. "Vamos demonstrar à Justiça que esta decisão é equivocada. É uma decisão pequena", assegurou. De acordo com Jabes, o conselho oferece uma prestação negativa à população e chegou a convocar os pais dos estudantes atingidos pela medida a reagirem contrários à decisão. Para saber qual foi a decisão e quais foram os motivos do conselho optar por uma medida drástica, basta clicar aqui.

Durante a entrevista, Jabes também criticou posicionamentos tomados pela justiça contra decisões do seu governo. "O juiz faz o que quer, diz o que quer, ele tá pensando na lei. Juiz precisa ter sensibilidade, promotor precisa ter sensibilidade. Gostei que essa Eliana Calmon seja candidata. Entra pra ver como é, sai da sua mesinha com sua canetinha no ar condicionado só,  dando porrada, porrada, só porrada, faz não faz. Vem ver como e que é. Eliana vai ver. Tem muito juiz e promotor que precisava ser candidato pra ver como é a situação. As vezes as pessoas dizem o que querem. E eu também posso dizer o que penso", afirmou. No início da semana, durante um café da manhã, Jabes fez críticas semelhantes direcionadas, principalmente, à promotora Karina Cherubin, reagindo a comentários feitos por ela, através das redes sociais, sobre as escolhas feitas pela população no momento da escolha do voto.

O prefeito de Ilhéus também fez uma autoanálise do seu primeiro ano de gestão. "Nada está bom como eu quero. Não tenho nada pra dizer, isso aqui está como eu quero. Mas tá melhor do que encontrei. Há uma cidade que tem governo, tem prefeito, mas que não tem condições de atender as mínimas necessidades da população. Ano que vem será melhor", assegurou. Anunciou que nos próximos três anos vai investir 60 milhões de reais nos morros, lamentou não ter podido cumprir a promessa de campanha e presentear a população com peixe e frango e reconheceu que a operação tapa-buracos, promovida nos últimos meses, não deu o resultado esperado. "Fechei um buraquinho aqui, outro ali. Essas chuvas também pioraram tudo. A (avenida) Princesa Isabel tava arrumadinha. A saída é arrancar o asfalto todo e jogar um novo em cima. Isso vai ser feito. Infelizmente o estado não pôde me atender nesse período. Infelizmente eu não tenho dinheiro para fazer", lamentou.

Segundo o prefeito, não o incomoda a série de críticas que vem recebendo da população e de setores importantes da sociedade. "Ainda tenho três anos de governo. Sinceramente, não estou nem ai para julgamento agora. Quero ser julgado no final", afirmou. Nas provocações, Jabes também mirou nos sindicatos do serviço público em Ilhéus. "Os Sindicatos não lutaram contra demissão. Só eu lutei. São arcaicos, velhos. Levaram 80 dias e saíram do mesmo jeito. Não sou Valderico (Reis) nem Newton (Lima) que têm medo de greve", afirmou.