60 PMs e 30 Guardas Municipais para retirar 20 manifestantes, ironiza o Reúne

Movimento promete resistir
JBO Arquivo

Integrantes do Movimento Reúne Ilhéus disseram há pouco, ao Jornal Bahia Online, que a operação "não foi tão pacífica quanto dizem representantes oficiais do governo". Desde ontem a estratégia de decoupação foi montada. "As luzes do Palácio passaram a noite acesas. Havia guarda municipal de plantão para agir hoje pela manhã", garantem. Segundo a versão do movimento, por volta das 6h30min de hoje, horário de pouco movimento e, consequentemente, poucas testemunhas, 60 policiais militares  e 30 guardas municipais cercaram o acampamento para garantir a ação de fiscais da Prefeitura, que teriam "jogado barracas em cima de um caminhão" agindo de forma desproporcional ao histórico de paz do movimento.

Os estudantes, cerca de 20 pelos cálculos do movimento, dormiam no momento da ação. Malabaristas argentinos que atuam nos semáforos da cidade, também se encontravam no acampamento e em uma das barracas, segundo membros do Reúne Ilhéus, os fiscais chegaram a arrastar uma criança que dormia. "Eles mesmos podem comprovar isso. Eles filmaram tudo, esperando uma reação nossa", afirmam.

O movimento assegura que vai prestar queixa na delegacia para que tenham barracas e materiais - levados em caminhões da prefeitura - de volta. O Movimento pretende, a partir do fim do acampamento, intensificar manifestos exigindo do governo a rigorosa apuração do processo de concessão do transporte em Ilhéus e a redução do valor da tarifa. "Não vamos parar", garantem os manifestantes.