CDL pede ajuda à Polícia e movimento chama a burguesia de Ilhéus de ´fedorenta´

CDL volta a atacar movimento e pede ajuda à polícia
Ascom

Nova polêmica envolve o presidente da CDL de Ilhéus, Paulo Ganem, e lideranças do Movimento Coletivo Reúne Ilhéus. Depois de acusar o movimento de prejudicar o comércio e responsabilizar os estudante pela queda de 30 por cento nas vendas desde que acamparam na entrada do Palácio Paranaguá, o presidente da entidade, Paulo Ganem volta às críticas e pede as autoridades policiais e políticas, uma solução para o impasse.

"Vivemos num país democrático e é claro que respeitamos os movimentos sociais, mas o que não podemos aceitar é que além dos prejuízos causados pelas greves em nosso município, como a dos Servidores Públicos Municipais, a dos bancários que ainda está aí, sejamos prejudicados por isso também. São muitos comerciantes insatisfeitos. Estamos sendo impedidos do direito de ir e vir. O centro comercial da cidade está feio, sujo, já precisamos começar a organizar a praça para a Campanha de Natal e desenvolver ações culturais, entre outras coisas, mas, se continuar aquele acampamento na rua, certamente não vamos poder. O fluxo de pessoas tem diminuído e muito", disse, através de sua assessoria.

O dirigente lojista cobra um "posicionamento da Polícia Militar" no sentido de dialogar com os estudantes para liberar a rua, onde o fluxo de pessoas e carros é intenso. “Essa é a nossa primeira conversa sobre o assunto, e vamos reforçar essa necessidade junto à ao Comando Regional da PM, a Prefeitura, além do Ministério Público” finalizou Ganem. Considerada uma pessoa com fortes laços políticos com o atual prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro, o desabafo de Paulo Ganem soou para os estudantes como um recado do próprio Jabes. "É uma ação obscura do prefeito para a retirada dos jovens que estão acampados. Isso é mais que óbvio. O povo não é besta", escreveu Danilo Oliveira, um dos líderes do movimento, nas redes sociais. Segundo Danilo, a atitude parte da "burguesia fedida e perversa" que "não tem qualquer pudor para defender seus interesses".

Danilo assegura que se foi mais uma tentativa de intimidação, a manobra "não deu certo". O Movimento garante que vai resistir e ironizou os pedidos do presidente da CDL, afirmando que o Movimento também vai pedir às polícias Militar, Civil e Federal e ao MP, a desocupação do mandato do atual prefeito e a destituição da diretoria da CDL.