Remédios para carentes podem perder validade; sem funcionário, farmácia fechou

Exclusivo. Remédios para controle do diabetes e de presão alta, antibióticos e antinflamatórios que poderiam estar sendo entregues à população carente - e doente - de Ilhéus correm o risco de perder a validade por um motivo estarrecedor: a falta de um servidor público para atuar na farmácia da Policlínica Halil Medauar.

Considerado um dos postos mais importantes e mais procurados do município, responsável, inclusive, pelo atendimento a pacientes oriundos do Hospital Geral Luiz Vianna Filho, a Policlínica está com seu estoque sem poder seu utilizado desde o final do ano passado, já que o único servidor que havia na farmácia era contratado e foi demitido por decreto assinado pelo prefeito Jabes Ribeiro, no primeiro dia do ano, quando assumiu o cargo.

"De lá pra cá nem um comprimido pôde ser mais entregue", revela uma fonte ouvida pelo Jornal Bahia Online. Quando em funcionamento, por dia, são atendidas, em média, 150 receitas médicas. São pessoas de baixa renda que não têm condições de adquirir medicamentos na farmácia convencional. O envio de um funcionário da secretaria da Saúde seria o suficiente para restabelecer o serviço e distribuir o medicamento em tempo hábil, antes do vencimento do produto, segundo apurou o JBO.

Ferida - Por outro lado, se na farmácia da Policlínica o que falta é um servidor, por outro, no setor de curativos do mesmo posto, a ausência é de material. E material básico. Como, por exemplo, sabão neutro, para lavar as mãos após a intervenção ambulatorial. O Jornal Bahia Online também apurou que não tem gase no estoque e, por conta disso, mais de 30 curativos por dia estão deixando de ser feitos no posto.